sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016


Eu tô aqui
e quis lhe dizer
todas as noites isto,
mas agora é seu tempo.
O dia, a tarde e a noite.
Como você estará?
E por aqui saudade.
As lembranças não tenho mais,
não por desconsiderá-las,
mas por estarem com você
e por você não estar aqui,
como poderia vê-las?
Mais que palavras
só o silêncio.
Para não morrerem aqui dentro
só as tatuando no papel,
quem sabe na pele
de meu corpo nu.
Um dia te ouvi na brisa,
fechei meus olhos
não quis te prender,
não poderia,
quem sabe um dia volte.
Falei sozinho:
- meu bom Deus,
que posso fazer?
Me sacrifico aqui,
não por mim,
bem sabes por quem,
podes me ouvir?
Os dias difíceis
que fiquem para trás,
se com eles não morremos
mais forte estamos
e a caminhada
qualquer que seja
terá mais passos firmes.
Tua incrível força
está em suportar
e se transpor isso
os firmamentos de teu ser
se abalarão
para o nascimento
da mais brilhante estrela.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Chuva intensa no dia de hoje
quem dera poder correr na rua,
sentir a chuva
até meus ouvidos doerem,
minhas mãos gelarem,
até meu corpo tremer de frio.
Poder ser criança outra vez
ainda que esteja distante
este tempo fantástico.
Ver um raio cair
e tentar saber o que ouve
onde caiu
e o que nasceu.
Ver novamente o fantástico,
sem essa coisa de realidade,
nem física
ou seja lá o que for
tudo o que dizem real,
quem disse que depois do horizonte
não existe uma queda
para o infinito.
Ou que no fim do arco-iris
não tem ouro.
Meu limite é a morte,
mas só aqui,
sei que há uma passagem,
sei que há o Eterno,
os "sonhos" depois da chuva,
quem disse que quero acordar?