Ela perguntou:
- O que você quer de mim?
Tive uma única resposta:
- Quero a sua alma.
Então prossegui lhe dizendo:
- Não sou o demônio, não farei um pacto por ela. Não sou Deus, logo não poderia lhe oferecer salvação.
- Sou assim como você, também possuo uma alma, posso apenas sentir e tão somente isso.
Lhe expliquei então:
- Como dois corpos, atiçados pelo prazer se põe nus e tornam um, assim duas almas atiçadas por uma força imensurável tendem a se encontrar e se por nuas, mas não serão uma, não se sabe ao certo o que acontece. Por isso, minha alma deseja a sua, não por posse ou mera curiosidade, mas por sentir a cada momento por perto, que ali é onde ela quer estar.
Houve um longo momento de silêncio. Quebrado por uma resposta.
Ela disse:
- A minha alma quer a sua.
E caminhamos juntos em direção ao infinito.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Quando os teus dias forem escuros,
acenda a paz em teu ser,
pois, em toda a natureza
existem dias de tempestade
que escurecem e esfriam o coração,
mas não é o fim.
Há a esperança de que o sol brilhará,
pois, alto está firmado.
Mesmo que por um instante
não se veja o horizonte,
ele lá estará com seus mistérios.
Aquieta o coração
e os pensamentos,
as coisas tais como são
não mudam num instante de neblina,
os destinos mais belos
por um instante se fazem ocultos.
A vida e a morte,
tão latentes e claras,
escondem suas verdades
por um tempo
e com propósito,
certamente chegaremos lá
em algum momento.
Ainda que os firmamentos se abalem,
certamente chegaremos em algum lugar.
terça-feira, 5 de julho de 2016
A coisa
Não dirá a voz de tua consciência, que a coisa mudou, ela não dirá.
Não verás com os olhos que tens, que a coisa mudou, não verás.
Não sentirás com o coração, que a coisa mudou, ele não irá bater.
Que é a coisa? Não saberás. Bem certo que não saberás.
Não aceitarás, como pode tudo estar fora de controle? Não aceitarás.
Não dormirás, quão grande à agonia que a coisa traz.
Sufocarás. Cansarás. Então dormirás.
Acordarás? Não saberás, Só o farás, se lhe for concedido.
Caducarás. Falarás com seus botões: - que é a coisa?
Nada demais, caducarás e dormiras.
Foi te dito aqui e agora jaz.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
E lá se vão mais algumas horas,
não consigo dormir,
será que estou encantado?
Devo pensar em você
uma centena de vezes
e adormecer de cansaço,
sei que fico aflito,
sei que fico furioso,
eu não entendo.
Eu desisto!
Eu insisto!
Que doloroso estar preso
a este corpo cansado,
esta mente pesada.
Me falta algo puro
que alimente os pulmões.
Me renove os dias
tarde de primavera,
me resgate os anos
antes que seja tarde.
E me pergunto: - por quê?
E então decido,
nunca mais haverá por quê.
não consigo dormir,
será que estou encantado?
Devo pensar em você
uma centena de vezes
e adormecer de cansaço,
sei que fico aflito,
sei que fico furioso,
eu não entendo.
Eu desisto!
Eu insisto!
Que doloroso estar preso
a este corpo cansado,
esta mente pesada.
Me falta algo puro
que alimente os pulmões.
Me renove os dias
tarde de primavera,
me resgate os anos
antes que seja tarde.
E me pergunto: - por quê?
E então decido,
nunca mais haverá por quê.
domingo, 3 de julho de 2016
Devaneios
Eu fui para bem longe. Para longe das pessoas que amo, e agora digo: - que amava.
Para longe das pessoas que detinha um sentimento qualquer e daquelas indefinidas.
Fui para longe de mim e de qualquer sombra passada, que agora como fantasmas à aterrorizar visitam-me quase todas as noites, porém, não sinto medo, mas não os quero enfrentar, por hora.
Não sei bem por onde estou. Já perdi o senso de direção e o tempo umas cem vezes, quem sabe faça parte do plano, me perder para encontrar; esquecer para lembrar.
Talvez seja uma caminhada perigosa. Sem destino definido.
Por caminhos nunca vistos, sem estar preparado, lançado à sorte.
Nisso tudo, o tempo é obsoleto, as pessoas indigestas, tudo uma piada e as vezes um longo drama.
Isso também cansa.
Não me sinto bem, nem mal. Estou aqui quieto, me sinto manso e perigoso, entre duas naturezas, não estou no muro, mas perto do ponto de decidir após tanto ponderar.
Tudo ficou tão vazio ao ponto de perceber que não se pode ser vazio...
Para longe das pessoas que detinha um sentimento qualquer e daquelas indefinidas.
Fui para longe de mim e de qualquer sombra passada, que agora como fantasmas à aterrorizar visitam-me quase todas as noites, porém, não sinto medo, mas não os quero enfrentar, por hora.
Não sei bem por onde estou. Já perdi o senso de direção e o tempo umas cem vezes, quem sabe faça parte do plano, me perder para encontrar; esquecer para lembrar.
Talvez seja uma caminhada perigosa. Sem destino definido.
Por caminhos nunca vistos, sem estar preparado, lançado à sorte.
Nisso tudo, o tempo é obsoleto, as pessoas indigestas, tudo uma piada e as vezes um longo drama.
Isso também cansa.
Não me sinto bem, nem mal. Estou aqui quieto, me sinto manso e perigoso, entre duas naturezas, não estou no muro, mas perto do ponto de decidir após tanto ponderar.
Tudo ficou tão vazio ao ponto de perceber que não se pode ser vazio...
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