segunda-feira, 27 de junho de 2016

Uma única vez!
Meu coração se partiu
e rasgou minha alma
de cima a baixo.
Meu ser desmoronou
e hoje chegou em minhas mãos.
A devastação é indescritível.
Não sinto bem as mãos;
eu olho para longe
e não vejo um alívio,
eu olho para mim
e desejo arrancar os olhos.
Já não sinto as mãos,
então, paro por aqui.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Por um dia em que chova sol
E que o vento nos aquece
Na falta dessa prece
O mundo pare de girar.
Por um tempo
Que já termina
De breves passos
Qual idade de menina.
E o canto
De belo encanto
Nas altas horas
Faz assombrar.
Ouça bela moça
Esse moço caiu num poço
Que sem fundo
Faz se afogar.
Choram as estrelas
Enche-se o mar
Que no brilhar do luar
Torna céu o que cá está.
Mais uma vez moça,
Perdeu-se o moço,
Perdeu-se o poço,
Nada mais há de ficar.
E o pranto passa,
Saudade acaba,
É hora de recomeçar.
Um bem há de chegar,
No seu acreditar moça
A felicidade há de lhe encontrar.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Meu prisma está quebrado



Meu prisma está quebrado,
ando de pernas para o ar,
eu caio de pé
e minhas costas não doem;
choro pela alegria
e sorrio em meio a tristeza,
estou do avesso
do lado de cá.
Este não é meu lugar
e nele devo me adequar,
quem disse que sim?
Meus olhos doem,
minha cabeça dói,
quem disparou o gatilho?
Já não sou tão lúcido
como anos atrás,
efeitos dos teus beijos
que devia evitar,
mas não o faço.
O abismo é tão atraente
quanto estar em um porto seguro.
Meu prisma está quebrado
e uma cor só, é tão sem graça.
Não há outros prismas
para roubar, uma pena.
Meu prisma está quebrado
e só queria conserta-lo.

Entre o abismo e a realidade

Acabou mesmo,
não me conheço mais,
já estou morto
e ninguém percebeu,
minha alma está cansada,
já veio usada
posso solicitar a troca?
Estou quebrado,
 e o especialista não veio,
não sei onde está.
Tudo se foi,
o sentido.
Só me lancei no abismo
e ainda não encontrei o fundo,
terá?
Desaparecidos
Esquecidos
Incompreendidos.
Eles existem
e achei o seu caminho
é assustador
e me parece sem volta,
devemos desfazer esse paradigma?
Pobres fantasmas,
são reais.
Tudo em volta,
 e eu entre tudo e nada.

                                     Sagatiba Mourão.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Quero mais uma vez sentir o cheiro das flores.
Ter mais chances de conhecer novos sabores.
Me encantar com novos lugares.
Ter uma tarde só de risadas,
Aromatizada com café,
Risadas com lindos sorrisos,
Diria de um alguém qualquer,
Mas não, quero a companhia de um amigo.
Quero alguém que me fale
O quão fui estúpido,
Mas também se sou especial.
Quero me olhar e me dar por satisfeito.
Quero acordar numa manhã de chuva
E sentir seus primeiros cheiros,
Café sendo feito,
Terra molhada,
Ovos fritos
E pão quente.
Isso me faz sentir vivo,
Quero me sentir vivo.
Do meu jeito.