sábado, 31 de dezembro de 2016

Onde eu estive?
Essa é uma pergunta que não gostaria de responder.
Porque onde estive
não mais quero estar,
e nem guardar lembrança,
já que até das coisas boas
fiz questão de esquecer,
logo deduz-se que onde estive não era agradável.
Não me pergunte algo assim.
Faça desse jeito,
me pergunte o que vamos fazer agora,
e na mesma hora
nos ponhamos a planejar,
sem muitos detalhes
e executemos o mais breve possível,
a oportunidade não pode passar,
qualquer que seja.
Me beija nos lábios,
me faça esquecer,
me faça estar a seus pés
não como um ídolo,
mas como servo,
me afague no colo,
esse teu cheiro moça
me faz querer mais.
Me ensine os caminhos,
me dê a mão
pra não mais me perder.
Me beija nos lábios
quero aprender tua canção.
Me abraça bem forte,
disso precisa meu coração.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

As memórias em certas doses são um bom remédio
para aliviar a dor
dos momentos de solidão,
para que acalme a agonia de um sentimento chamado saudade,
mas devem ser breves
como a brisa da manhã
e a do final da tarde,
devem ser leves
para que quem as traz
do mesmo jeito as leve.
Não ouse segura-las por muito tempo,
pois o mesmo remédio em maiores doses
pode o todo intoxicar,
e aquilo que era pra ser uma inebriante satisfação
pode alimentar um grande dragão
que só olha para seu tesouro
e em sua caverna morre só,
vai morrendo aos poucos
com inestimáveis tesouros,
Não se permita esta cólera.

sábado, 26 de novembro de 2016

Já fazem três dias que você percorre meus sonhos,
num deles quase testemunha minha morte,
não importa,
lembro que antes meu coração se enchia de emoções,
era como te encontrar sem esperar por isso,
não queria mais acordar,
acabei aderindo ao mau hábito,
mas nesses últimos dias
nada pude sentir
e me pergunto porque ainda estás aqui.
Será um castigo de Deus?
Ou será que não te quero esquecer?
Mas não sinto nada
e isso não ajuda muito
quando parece que tudo foi levado,
mas agoniante é nem lembrar
de que coisas eram para sentir falta,
e nisso não sinto nada.
O que posso aprender disso?
Como disse o filósofo:
- Tá foda!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ainda não é a hora de romper o silêncio, nem de deixar as trevas que agora habito, acredito que ainda não saberei dar valor a luz, ainda não aprendi a aceitar a luz que pode haver em mim.
Meus olhos que antes achava estarem abertos para todas as coisas, ainda estão, e essa é a verdade em uma ilusão, qual não sei dizer do que se trata.
Ainda tento entender a máxima de conhecer a Verdade e por ela ser liberto, talvez Deus ainda não tenha se revelado à mim, já que nunca poderei por mim mesmo encontrá-lo, sem que primeiro Ele o queira.
Hoje não há esperança, fico na espera por uma gota de misericórdia, antes quisera não cometer alguns erros, e nisso lá se vão alguns anos, o preço é o tempo, e nem isso possuímos verdadeiramente.
A realidade é a fantasia que criamos, e se não conseguirmos mais sonhar? O que vem à seguir?
Seria cômico se não fosse trágico. Abram as cortinas o espetáculo acabou, quem me colocou nessa peça? Nem sei bem atuar. Felizes os atores que disfarçam suas dores.
Não quero mais saber o porque das coisas, pra o inferno com essas normas, ninguém se importa mesmo.
Ainda fico indignado em saber que não posso ir à lua, seria a viajem perfeita e isso agora me tira o prazer de viajar, ainda que fosse clandestino.
Destino. Fui um dos muito azarados ou um dos poucos, não conheço bem as estatísticas, culpa de fascistas ou dos comunistas, machistas ou feministas, qualquer dessas ideologias porcas que se passam na teoria e nada definem o ser ou se quer suas lutas.
Melhor manter o silêncio de faladores o mundo é cheio, e ele precisa de bem mais que isso. De um pouco de vida isso é preciso. Ainda não entendo porque arrancaram as flores do caminho, ouvi dizer que por seus espinhos, que tremenda maldade. Quem nos mostrará com amor que sangramos?

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Por uma tarde qualquer onde haja chuva
caindo de repente no meio do caminho
e me deixando todo molhado
para lembrar de como é sentir-se bem;
Na vista da janela,
na vista das viagens, na porta de casa,
ou cá pra dentro onde não fica frio.
Uma tarde com amigos,
uma tarde sozinho
até que não haja mais tarde nenhuma,
o fim chega para todas as coisas
importa agora reinventar.
Agora que as palavras também me faltam,
quem sabe eu vá tocar violão,
ou simplesmente aprenda a assoviar.

domingo, 14 de agosto de 2016

Esse teu silêncio
combinado com o meu,
aumenta a distância
que se pôs entre nós,
esse silêncio descarado,
doloroso e mortal.
Minha alma na tentativa de salvar-se
até sonha com outros amores,
mas pela manhã eu digo não.
Não quero ser salvo
nem há porque,
os dias que tive foram os melhores,
até trouxeram o melhor de mim,
mas a distância nos roubou,
ou talvez eu tenha escutado demônios
ao invés dos anjos.
Não serei tolo da próxima vez,
espero que haja uma próxima.
E agora?
Falam anjos ou demônios?

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Meus pés não tocam mais o chão,
voar é meu lugar,
eu vou para além mar,
eu vou cruzar a linha do horizonte,
ninguém me segura aqui,
talvez alguém bem ali,
mas é longe
e meus olhos não alcançam mais.
Minhas mão estão dormentes
já não toco mais o violão,
e as folhas de meu velho caderno
ainda continuam em branco.
Não haverá à música.
Nem a história saberá desses dias,
e assim ninguém rouba de mim
os dias que eu mesmo fiz.
São as últimas horas
e só quero estar deitado,
mas ainda estou no ar
e isso dá náusea.
Para todos os lados
um azul infindável,
não gosto muito de azul,
quem sabe por sorte
e como última visão
chegue uma tarde amarela
e me leve nela
para qualquer lugar,
ou me afague aqui
para evitar o desespero.
Eu só queria saber
quando fechar os olhos,
e se quando os fosse abrir
seria ainda tarde.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ela perguntou:
- O que você quer de mim?
Tive uma única resposta:
- Quero a sua alma.
Então prossegui lhe dizendo:
- Não sou o demônio, não farei um pacto por ela. Não sou Deus, logo não poderia lhe oferecer salvação.
- Sou assim como você, também possuo uma alma, posso apenas sentir e tão somente isso.
Lhe expliquei então:
- Como dois corpos, atiçados pelo prazer se põe nus e tornam um, assim duas almas atiçadas por uma força imensurável tendem a se encontrar e se por nuas, mas não serão uma, não se sabe ao certo o que acontece. Por isso, minha alma deseja a sua, não por posse ou mera curiosidade, mas por sentir a cada momento por perto, que ali é onde ela quer estar.
Houve um longo momento de silêncio. Quebrado por uma resposta.
Ela disse:
- A minha alma quer a sua.
E caminhamos juntos em direção ao infinito.

quinta-feira, 21 de julho de 2016



Quando os teus dias forem escuros,
acenda a paz em teu ser,
pois, em toda a natureza
existem dias de tempestade
que escurecem e esfriam o coração,
mas não é o fim.
Há a esperança de que o sol brilhará,
pois, alto está firmado.
Mesmo que por um instante
não se veja o horizonte,
ele lá estará com seus mistérios.
Aquieta o coração
e os pensamentos,
as coisas tais como são
não mudam num instante de neblina,
os destinos mais belos
por um instante se fazem ocultos.
A vida e a morte,
tão latentes e claras,
escondem suas verdades
por um tempo
e com propósito,
certamente chegaremos lá
em algum momento.
Ainda que os firmamentos se abalem,
certamente chegaremos em algum lugar.

terça-feira, 5 de julho de 2016

A coisa

 Não dirá a voz de tua consciência, que a coisa mudou, ela não dirá.
Não verás com os olhos que tens, que a coisa mudou, não verás.
Não sentirás com o coração, que a coisa mudou, ele não irá bater.
Que é a coisa? Não saberás. Bem certo que não saberás.
Não aceitarás, como pode tudo estar fora de controle? Não aceitarás.
Não dormirás, quão grande à agonia que a coisa traz.
Sufocarás. Cansarás. Então dormirás.
Acordarás? Não saberás, Só o farás, se lhe for concedido.
Caducarás. Falarás com seus botões: - que é a coisa?
Nada demais, caducarás e dormiras.
Foi te dito aqui e agora jaz.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

E lá se vão mais algumas horas,
não consigo dormir,
será que estou encantado?
Devo pensar em você
uma centena de vezes
e adormecer de cansaço,
sei que fico aflito,
sei que fico furioso,
eu não entendo.
Eu desisto!
Eu insisto!
Que doloroso estar preso
a este corpo cansado,
esta mente pesada.
Me falta algo puro
que alimente os pulmões.
Me renove os dias
tarde de primavera,
me resgate os anos
antes que seja tarde.
E me pergunto: - por quê?
E então decido,
nunca mais haverá por quê.

domingo, 3 de julho de 2016

Devaneios

Eu fui para bem longe. Para longe das pessoas que amo, e agora digo: - que amava.
Para longe das pessoas que detinha um sentimento qualquer e daquelas indefinidas.
Fui para longe de mim e de qualquer sombra passada, que agora como fantasmas à aterrorizar visitam-me quase todas as noites, porém, não sinto medo, mas não os quero enfrentar, por hora.
Não sei bem por onde estou. Já perdi o senso de direção e o tempo umas cem vezes, quem sabe faça parte do plano, me perder para encontrar; esquecer para lembrar.
Talvez seja uma caminhada perigosa. Sem destino definido.
Por caminhos nunca vistos, sem estar preparado, lançado à sorte.
Nisso tudo, o tempo é obsoleto, as pessoas indigestas, tudo uma piada e as vezes um longo drama.
Isso também cansa.
Não me sinto bem, nem mal. Estou aqui quieto, me sinto manso e perigoso, entre duas naturezas, não estou no muro, mas perto do ponto de decidir após tanto ponderar.
Tudo ficou tão vazio ao ponto de perceber que não se pode ser vazio...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Uma única vez!
Meu coração se partiu
e rasgou minha alma
de cima a baixo.
Meu ser desmoronou
e hoje chegou em minhas mãos.
A devastação é indescritível.
Não sinto bem as mãos;
eu olho para longe
e não vejo um alívio,
eu olho para mim
e desejo arrancar os olhos.
Já não sinto as mãos,
então, paro por aqui.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Por um dia em que chova sol
E que o vento nos aquece
Na falta dessa prece
O mundo pare de girar.
Por um tempo
Que já termina
De breves passos
Qual idade de menina.
E o canto
De belo encanto
Nas altas horas
Faz assombrar.
Ouça bela moça
Esse moço caiu num poço
Que sem fundo
Faz se afogar.
Choram as estrelas
Enche-se o mar
Que no brilhar do luar
Torna céu o que cá está.
Mais uma vez moça,
Perdeu-se o moço,
Perdeu-se o poço,
Nada mais há de ficar.
E o pranto passa,
Saudade acaba,
É hora de recomeçar.
Um bem há de chegar,
No seu acreditar moça
A felicidade há de lhe encontrar.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Meu prisma está quebrado



Meu prisma está quebrado,
ando de pernas para o ar,
eu caio de pé
e minhas costas não doem;
choro pela alegria
e sorrio em meio a tristeza,
estou do avesso
do lado de cá.
Este não é meu lugar
e nele devo me adequar,
quem disse que sim?
Meus olhos doem,
minha cabeça dói,
quem disparou o gatilho?
Já não sou tão lúcido
como anos atrás,
efeitos dos teus beijos
que devia evitar,
mas não o faço.
O abismo é tão atraente
quanto estar em um porto seguro.
Meu prisma está quebrado
e uma cor só, é tão sem graça.
Não há outros prismas
para roubar, uma pena.
Meu prisma está quebrado
e só queria conserta-lo.

Entre o abismo e a realidade

Acabou mesmo,
não me conheço mais,
já estou morto
e ninguém percebeu,
minha alma está cansada,
já veio usada
posso solicitar a troca?
Estou quebrado,
 e o especialista não veio,
não sei onde está.
Tudo se foi,
o sentido.
Só me lancei no abismo
e ainda não encontrei o fundo,
terá?
Desaparecidos
Esquecidos
Incompreendidos.
Eles existem
e achei o seu caminho
é assustador
e me parece sem volta,
devemos desfazer esse paradigma?
Pobres fantasmas,
são reais.
Tudo em volta,
 e eu entre tudo e nada.

                                     Sagatiba Mourão.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Quero mais uma vez sentir o cheiro das flores.
Ter mais chances de conhecer novos sabores.
Me encantar com novos lugares.
Ter uma tarde só de risadas,
Aromatizada com café,
Risadas com lindos sorrisos,
Diria de um alguém qualquer,
Mas não, quero a companhia de um amigo.
Quero alguém que me fale
O quão fui estúpido,
Mas também se sou especial.
Quero me olhar e me dar por satisfeito.
Quero acordar numa manhã de chuva
E sentir seus primeiros cheiros,
Café sendo feito,
Terra molhada,
Ovos fritos
E pão quente.
Isso me faz sentir vivo,
Quero me sentir vivo.
Do meu jeito.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Quando me encontrares
sei que vai ser estranho,
como se nada tivesse acontecido,
ou algo tivesse acontecido,
vai ser estranho.
Vou te fazer rir,
terão momentos sérios,
vou ser um bobo
e um carrasco;
vai ser confuso e esclarecedor,
como nomear isso?
Algumas coisas deram certo,
outras deram muito errado,
isso acontece! Tenho dito...
Minha culpa (atire a pedra).
Estar no controle de tudo
é tarefa mui difícil,
nem sei se viverei
até o amanhã chegar.
Por isso digo:
- quando me encontrares,
será um dia especial,
não porque satisfarei expectativas,
mas por ser um momento ímpar.
Sou assim (não sei porque),
talvez seja minha melhor terapia,
me entregar,
falo de alma,
quem se importa com isso?
As vezes também perco a fé.

A Águia, A Serpente, O Leão.


Poderoso sobre todos,
Causador de profundo amor
E igualmente temor nos corações.
Genuína manifestação do poder,
Equilíbrio sem igual.
Sua justiça brilha como o sol,
Seu juízo consome como o fogo,
Seu domínio é incontestável.
Majestade sobre todas as artes,
Majestoso nos quatro cantos,
De sabedoria intemporal.
Força e delicadeza,
Orgulho e humildade.
Poderoso!
Todos os atributos em si.
Morte e renascimento.
Perfeição!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Ando pensando em você,
vem de repente
ainda não sei como evitar.
Me vem uma angustia
pela falta,
falta de qualquer coisa,
de qualquer informação,
ainda não sei como
contornar isso.
Expondo nessas linhas
talvez exorcize este mal,
estes sentimentos que ferem.
Seria fraqueza?
Acho que não,
nesse momento me sinto forte,
mas não uso a força,
se o fizesse partiria o mundo em dois.
É assim que me sinto.
Viajando num barco
guiando seu leme
para qualquer lugar,
sem destino certo,
não há um porto seguro,
não há um porto para mim.
Um dia, uma velha me disse:
Tem espírito de pirata!
Talvez eu navegue sempre,
e o mar à frente
me haverá de furtar
qualquer sonho,
o mar é maior
e não sou nem uma gota.
Eu vou,
ali à frente tem uma tempestade,
não espere notícias de mim,
talvez a onda me leve
para bem longe,
ou só me afunde aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Dia de poesia ruim

Hoje estou sem voz,
Sem mãos,
Minha cabeça dói.
Escrever é tarefa difícil,
Desistir é uma opção fácil,
Não há mal nisso.
Um dia de poesia ruim,
Esses são os piores
Não vale lembrar.
O dia se faz negro
No mais brilhante sol.
Todas as aflições,
Todas as dores,
São um remédio,
São comuns ao tédio mortal.
Creio que nem os amigos
Seriam de algum valor;
Talvez o colo de uma moça,
Ou um dia de orações,
Quem sabe um café.
Talvez associem teu nome.
Quererás tal infortúnio?
Mas não é sobre você,
A poesia que é ruim.
Eu que acordei do avesso,
Com o pé esquerdo.
Melhor seria não ter dormido
E continuado com o dia anterior.
Saber do futuro seria divertido,
Ou uma grande decepção
E disso só tenho devaneios,
Num dia de poesia ruim.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Nas minhas retinas

Fecho os olhos e te vejo,
foram assim as primeiras vezes
você estava colada em minhas retinas.
Quando abro os olhos 
e não estás lá,
me vem um soco no estômago,
um soco de vazio
e isso dói,
me põe num canto
e me contorço.
O vazio me corrói
de dentro para fora,
me corrói de fora para dentro,
o vazio me destrói,
mas tenho que ter força
é o que dirias.
Fecho os olhos e você está lá
e nesse delírio
não os abro mais.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016


Eu tô aqui
e quis lhe dizer
todas as noites isto,
mas agora é seu tempo.
O dia, a tarde e a noite.
Como você estará?
E por aqui saudade.
As lembranças não tenho mais,
não por desconsiderá-las,
mas por estarem com você
e por você não estar aqui,
como poderia vê-las?
Mais que palavras
só o silêncio.
Para não morrerem aqui dentro
só as tatuando no papel,
quem sabe na pele
de meu corpo nu.
Um dia te ouvi na brisa,
fechei meus olhos
não quis te prender,
não poderia,
quem sabe um dia volte.
Falei sozinho:
- meu bom Deus,
que posso fazer?
Me sacrifico aqui,
não por mim,
bem sabes por quem,
podes me ouvir?
Os dias difíceis
que fiquem para trás,
se com eles não morremos
mais forte estamos
e a caminhada
qualquer que seja
terá mais passos firmes.
Tua incrível força
está em suportar
e se transpor isso
os firmamentos de teu ser
se abalarão
para o nascimento
da mais brilhante estrela.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Chuva intensa no dia de hoje
quem dera poder correr na rua,
sentir a chuva
até meus ouvidos doerem,
minhas mãos gelarem,
até meu corpo tremer de frio.
Poder ser criança outra vez
ainda que esteja distante
este tempo fantástico.
Ver um raio cair
e tentar saber o que ouve
onde caiu
e o que nasceu.
Ver novamente o fantástico,
sem essa coisa de realidade,
nem física
ou seja lá o que for
tudo o que dizem real,
quem disse que depois do horizonte
não existe uma queda
para o infinito.
Ou que no fim do arco-iris
não tem ouro.
Meu limite é a morte,
mas só aqui,
sei que há uma passagem,
sei que há o Eterno,
os "sonhos" depois da chuva,
quem disse que quero acordar?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


Teus passos marcados na terra do meu coração,
por todos os lados,
para todos os cantos.
Me perdi em teus traços
e ainda assim
só me encontro em ti.