quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ainda não é a hora de romper o silêncio, nem de deixar as trevas que agora habito, acredito que ainda não saberei dar valor a luz, ainda não aprendi a aceitar a luz que pode haver em mim.
Meus olhos que antes achava estarem abertos para todas as coisas, ainda estão, e essa é a verdade em uma ilusão, qual não sei dizer do que se trata.
Ainda tento entender a máxima de conhecer a Verdade e por ela ser liberto, talvez Deus ainda não tenha se revelado à mim, já que nunca poderei por mim mesmo encontrá-lo, sem que primeiro Ele o queira.
Hoje não há esperança, fico na espera por uma gota de misericórdia, antes quisera não cometer alguns erros, e nisso lá se vão alguns anos, o preço é o tempo, e nem isso possuímos verdadeiramente.
A realidade é a fantasia que criamos, e se não conseguirmos mais sonhar? O que vem à seguir?
Seria cômico se não fosse trágico. Abram as cortinas o espetáculo acabou, quem me colocou nessa peça? Nem sei bem atuar. Felizes os atores que disfarçam suas dores.
Não quero mais saber o porque das coisas, pra o inferno com essas normas, ninguém se importa mesmo.
Ainda fico indignado em saber que não posso ir à lua, seria a viajem perfeita e isso agora me tira o prazer de viajar, ainda que fosse clandestino.
Destino. Fui um dos muito azarados ou um dos poucos, não conheço bem as estatísticas, culpa de fascistas ou dos comunistas, machistas ou feministas, qualquer dessas ideologias porcas que se passam na teoria e nada definem o ser ou se quer suas lutas.
Melhor manter o silêncio de faladores o mundo é cheio, e ele precisa de bem mais que isso. De um pouco de vida isso é preciso. Ainda não entendo porque arrancaram as flores do caminho, ouvi dizer que por seus espinhos, que tremenda maldade. Quem nos mostrará com amor que sangramos?

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